quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

              Alunos inclusos sem laudo

                                                                 

Após a leitura da Nota Técnica 04/2014 do MEC/SECADI/DPEE, são essas minhas considerações:
A inclusão sem laudo seria uma forma correta  de tratar os alunos que necessitem de  atendimento especial, o problema é a falta de profissionais, materiais, espaço físico, entre outros. O laudo não é a parte mais importante, o que importa  seria os recursos para atender esses alunos. 
Na minha escola não há condições de atender os alunos com laudo, porque nunca temos profissionais no AEE ( Atendimento Educacional Especializado). 
Em uma segunda análise sobre o assunto, penso que o laudo é um auxílio que prestamos ao nosso aluno. Em uma avaliação médica consegue-se detectar a dificuldade e com ajuda médica nosso aluno terá melhores condições de viver em sociedade. O professor não tem conhecimento sobre o assunto, a não ser que faça uma especialização, mas não podemos esquecer que se o aluno  com laudo não tiver acesso ao AEE ( Atendimento Educacional Especializado)  o professor responsável terá que atender a  todos os alunos da turma e ainda dar uma atenção especial ao aluno que possui  laudo. Não é uma tarefa fácil!

Acredito que o problema não é ter ou não ter laudo e sim ter condições de atender este aluno. E diante de nossa realidade, infelizmente me parece que a situação ainda pode ficar pior, diante da desvalorização do professor

História do movimento político das pessoas com deficiência

                                                                                              

Eu não conhecia a história da luta   das pessoas com deficiência e achei uma história que  nos transmite grande aprendizado.  A palavra desistir não fez parte desta linda história.
Se pensarmos nela lá do início onde as crianças  nem eram reconhecidas como pessoas,  eram reconhecidas como  subumanas vejo como uma luta que não  acabou mas, houveram grandes avanços.
Eles passam a serem vistos como parte da sociedade através de suas próprias conquistas.
Fiquei admirada em ver no vídeo quantas pessoas  com dificuldades e assim mesmo foram atrás de seus objetivos. Pessoas  esclarecidas , com garra, sabendo  onde queriam chegar. Como disse uma delas, não eram os políticos que tinham que dizer o que era melhor para eles e sim eles  dizerem do que eles precisavam. Os papéis foram invertidos nas  decisões de melhorias. Precisamos  aceitá-los como pessoas que podem trabalhar, contribuir com a sociedade e não excluí-los como era o caso antigamente, que as famílias prendiam, escondiam dentro de casa.
O avanço e conquistas foram bastante significativas, lendo o texto da História Geral do Atendimento  a  pessoa com deficiência fiquei chocada com a forma que eram diagnosticadas as doenças mentais.

Hoje as pessoas são tratadas com mais respeito e as oportunidades se ampliaram, graças aos movimentos e lutas destas pessoas

Morin!

Os setes saberes necessários à educação do futuro, do Morin, aborda no capítulo 1 a questão do erro da ilusão. Morin aponta que a educação, deverá enfrentar a face do erro e da ilusão, ou seja, que devemos aprender a lidar com os erros e devemos estar com o olhar atento para vermos esses erros e usá-los na construção do sujeito que está na nossa sala de aula! Devemos estar atento a esses erros para que possamos deixar a ilusão de lado para que possamos explorar as possibilidades! Como diz Morin, o dever principal da educação é preparar cada um para enfrentar os não saberes com lucidez. Portanto, além de estarmos atento ao erro, precisamos preparar nossos alunos para enfrentar esse erro e para se ressignificarem a construção que leva ao conhecimento.
E já que estamos escrevendo sobre Morin, deixo um vídeo maravilhoso, de uma palestra desse grande pensador, que fala sobre  o futuro da humanidade:


Que tem muito haver com a questão do erro e em como encaremos esse erro, fala em modernização e sobre a nossa globalização.  E se refletirmos sobre, percebemos que está tudo interligado

Mitos e Preconceitos! Rótulos e Pré-Conceitos!

A sociedade em geral não lida bem com o dito diferente, tem tendência a apontar e a muitas vezes ter um certo pré-conceito. Dentro de uma sala de aula, que é o primeiro contato com a sociedade que os sujeitos tem, isso também acontece. Mas que diferença é essa que instiga ao pré-conceito? O que é ser diferente? O texto nos faz refletir sobre isso. E existem vários tipos de diferenças, as físicas, as diferenças de personalidades e os comportamentos que se diferem.  Como lidar com tudo isso em sala de aula? E se pensarmos sobre as diferenças, temos as diferenças significativas que pontuam definições tais como: Estatísticos, Estrutural e Psicosocial. Estatíticos se refere à matemática mesmo, aqueles apontamentos que tantos porcento da sociedade faz assim ou daquele modo. O estrutural se refere a vocação, como características dos indivíduos (ver, ouvir, falar, comer) e são taxadas de diferentes pessoas que necessitam de uma ajuda de algum elemento exterior para exercer essas características e o psicosocial se refere a comparação, como por exemplo só pessoas brancas, magras e altas serão bem sucedidas , logo se pertencer a esse grupo sou “normal” e não vista como diferente.

Um conceito que trabalho muito em sala de aula é da empatia, empatia pelo próximo. Somos iguais, porém diferentes e precisamos ser respeitados nessa nossa diferença. O diferente não deve ser assustador, mas deve ser somado a diversidade da nossa sociedade multicultural e deve ser respeitado. Por isso a palavra empatia. Faço com que meus alunos reflitam sobre essa palavra e a pratiquem. O ensino desse conceito, que deve ser praticado em sala de aula e na vida é fundamental, pois muitas vezes essas relações em sala de aula são liquidas, como nos fala Bauman, ninguém se preocupa com o outro, só consigo mesmo. E para vivermos bem em sociedade, precisamos ter o cuidado com o outro, além de nós mesmos. Quando não se tem empatia, muitas vezes se tem o Pré-conceito, o preconceito e os rótulos.  Estamos ali formando sujeitos que serão os futuros atuantes da nossa sociedade, se começarmos a trabalhar a empatia pelo próximo e o respeito a diversidade, no futuro não serão adultos pré-conceituosos. Para Omote (2004) deveríamos pensar na diversidade como um fator natural, decorrente da variabilidade própria da espécie humana, de alterações ocorridas no organismo e de possíveis variações no ambiente.

Deficiência Mental e Doença Mental

Um esclarecimento e aprendizagem que tive é que não se pode confundir “Deficiência Mental e Doença Mental”, pois os sujeitos com transtornos globais do desenvolvimento não devem ser avaliados como sujeitos com deficiência mental, já o sujeito com deficiência mental pode em determinados caso ter deficiência mental. E alguns desses sujeitos podem ter inteligência acima da média.
A diferenciação entre doença e deficiência mental: na deficiência mental, ocorrem alterações nos processos de desenvolvimento cognitivo, enquanto que as doenças mentais, como o autismo, as psicoses e a síndrome de Asperger, são definidas por falhas na estruturação psíquica.
Percebo que é fundamental a presença de um professor do AEE em todas as escolas, para que trabalhe em conjunto com os demais professores, estabelecendo estratégias de ensino e promovendo atividades prazerosas aos alunos.
Atualmente tenho um dois alunos diagnosticados com Altas Habilidades, consigo trabalhar com eles bem mas acredito que poderíamos render mais, compreendo que se o professor que estiver predisposto a trabalhar observando e valorizando que cada sujeito tem seu jeito particular de interagir com o mundo, certamente ambos aprenderão muito.

Li este artigo da Revista Nova Escola “A inclusão que ensina” Por: Daniela Talamoni Verotti, Jeanne Callegari fica como dica disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/1691/a-inclusao-que-ensina> acesso em 31 out.2017.

Releitura da postagem ; Ser ético Data: 9 -11-2017    Essa postagem refere-se a ética  profissional. A ética deve ser uma prática de tod...