terça-feira, 11 de julho de 2017




REFLETINDO AS RELAÇÕES HORIZONTAIS E O PAPEL DO GESTOR ESCOLAR




As relações horizontais contribuem para institucionalizar uma cultura organizacional democrática através da descentralização do poder, pois deixa de haver uma concentração de poder na mão do dirigente, condição de democratização da gestão, a qual é de responsabilidade coletiva e não centrada na figura do diretor.
Silva e Bairros (s/d), afirmam que:

A qualidade da educação diz respeito em primeiro lugar a que as escolas sejam capazes de participar da elaboração de um planejamento participativo autônomo, apropriando-se de seus próprios assuntos. Nesse sentido têm de ser livres para organizar, pensar e planejar a escola de forma coletiva, com igualdade política e de participação real, como parte do processo de construção de uma escola com qualidade social. (SILVA; BAIRROS. s/d, s/p)

Assim, nos processos decisórios o poder de decisão deixa de ficar centrado nas mãos do diretor da escola e passa a ser tomada de forma colaborativa por todos os seguimentos da escola, pois há órgãos colegiados como o Conselho Escolar que contribui para descentralizar e distribuir o poder, sendo um órgão de representação de diferentes segmentos da escola (estudantil, pais, comunidade, professores, funcionários) ou seja, a escola empodera seus membros participantes. Temos também o resgate dos Grêmios estudantis e os Conselhos de Classe, sendo que este último é uma instância colegiada com concepção mais avaliativa do que classificatória e o CPM, que proporciona a participação da família na escola e da escola na comunidade, atuando como elemento de auxílio e complementação da administração escolar, prestando serviços à escola em benefício dos alunos e do processo educacional, promovendo o aperfeiçoamento da formação sociocultural de seus integrantes e estimulando a transformação da escola em centro de integração e desenvolvimento comunitário.
Na gestão democrática escolar as instâncias colegiadas (Conselho Escolar, Grêmio Estudantil, CPM, Conselho de Classe) formam uma corrente de conhecimento das decisões que são tomadas no âmbito escolar. E, então, as relações educativas no contexto social se dão através dessas instâncias colegiadas, pelos seus representantes. Isso gera uma maior participação da comunidade escolar, havendo melhora no desempenho de alunos e professores, bem como da qualidade educacional escolar.
O papel do gestor escolar, em minha opinião, é orientar, acompanhar e potencializar o trabalho de sua equipe, facilitando a implantação de procedimentos participativos; trabalhar e facilitar a resolução de problemas em grupo, exercendo um trabalho de equipe com todos os seguimentos da escola e ajudando a identificar suas necessidades, para que possam adquirir as habilidades necessárias para uma formação de qualidade; ser capaz de ouvir o que os outros têm a dizer, delegando autoridade e dividindo o poder.

Sendo assim, cito como exemplos do papel do gestor escolar, no sentido de fomentar e de preservar a gestão democrática na escola: Coordenar a elaboração e implementação do Regimento Escolar e do PPP; Gerenciar o funcionamento da escola em parceria com o Conselho Escolar, zelando pelo cumprimento do Regimento Escolar; Promover o envolvimento dos pais na gestão da escola, incentivando e apoiando a criação das associações de pais e as iniciativas do Conselho Escolar; Estimular a participação dos pais na educação dos filhos, envolvendo-os nos Conselhos de Classe, a fim de acompanhar o desempenho dos alunos e fortalecer o relacionamento entre pais e professores; Proporcionar ao professor momentos de auto avaliação, debates e reflexão da prática pedagógica, etc.

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