quinta-feira, 13 de julho de 2017


14 de julho de 2017
Conselho Escolar Teoria e Realidade
                         
        
                                 Ocupar o espaço que nos pertence é fazer democracia


A democracia na escola tem sido um tema recorrente em nossas aprendizagens neste semestre e é importante que seja assim. Falar sobre gestão democrática e o processo que envolve e nos cabe nessa construção é fundamental para que a democracia se torne real em nossas escolas. Essa troca de ideias, vivências e realidades múltiplas do grupo em escolas tão diversas nos aproximam e nos fazem capazes de perceber o que nos distancia da democracia escolar.
A distância entre aquilo que é de fato uma gestão democrática e aquilo que parece ser, é real e mais constante em nossas comunidades escolares do que gostaríamos de admitir. A legislação garante o processo por lei, mas não implementa mecanismos para tornar o processo real. O que se vê na prática, é que o conselho escolar é constituído conforme determina a lei, eleito por votação, tem um representante de cada segmento: direção, pais, alunos, professores e funcionários, mas se ocupa principalmente das questões administrativas e do uso das verbas destinadas à escola. Sobra administração e falta mobilização. Se a participação efetiva e representação concreta da comunidade na escola e no conselho escolar é revertida em igualdade, democracia e justiça nas ações, o que impede que isso se concretize?
A simples existência do conselho escolar não garante a democracia na escola. Enquanto as relações de poder e convivência escolares forem verticais não há como construir democracia, que por si só, exige igualdade e respeito mútuo para e entre os segmentos e membros da escola como participantes do processo educativo. Para reverter esta situação de mascaramento da democracia, é fundamental que o Conselho Escolar se aproprie de suas funções, objetivos e razão de existência.
Neste processo de assumir a própria identidade, todos os segmentos devem reavaliar sua participação no fazer coletivo e na tomada de decisões. Quando os segmentos se fortalecem e se estruturam, automaticamente desestabilizam o poder hierárquico, fazendo a democracia existir e acontecer na prática. Não haverá mudança efetiva, sem discussão, sem diálogo entre as partes envolvidas e sem trabalho árduo. A Escola Democrática não é um produto pronto, é construção, só pode ser construída com a participação e o fazer coletivo. Não basta querer uma escola melhor, é preciso fazer uma escola melhor e essa responsabilidade pertence “democraticamente” a todos.

Referências:

GALINA, Irene de Fátima. Texto: Espaço de Participação na Gestão Democrática da Escola pública. Universidade Estadual de Maringá, Paraná.

Vídeo Gestão em Foco: Conselho Escola.













                    Analisar os blogs... Aff fiquei em pânico!

Visitar o blog de uma colega e rever as postagens do meu blog foi uma tarefa bem interessante. Rever, reler experiências, sentimentos e emoções vivenciados outrora é maravilhoso.
Não sei se estou ficando muito critica ou melhor autocrítica, que de detestei praticamente todas minhas postagens.

E principalmente percebi que nos dois primeiros semestres em minhas reflexões não houve nenhuma interação com meu ambiente de trabalho ou seja a "sala de aula".

Realizei mentalmente um levantamento de possibilidades e concluí que o medovde errar é gigantesco.

Errar na escola, errar na faculdade, errar no blog! Expor suas práticas, expor sua vida é bem difícil, porque se expondo você está suscetível a possíveis críticas.
Mesmo tendo consciência que nem todas as críticas são destrutíveis e que poderão sim ocorrer críticas positivas, e que até mesmo as críticas negativas possibilitam uma reflexão e quem sabe uma evolução.

Imagem:

Disponível em: <https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHAeqYz_i5AbG5r_BqfHWvNjJBFOZsTJd2-JFYAuNEXRnefgGXYmrY4d3dyAME0RrSIT2vSRF7QhYf7ZBT56OhwCJJiRtNPp_iDFIhKFm8AUC-eHBJ2YXebwhUyt6MT5UDRotlk-rZX-mv/s1600/4-Mistakes-No-New-Blogger-Should-Ever-Make.png> acessado em 25 de abril de 2017.

terça-feira, 11 de julho de 2017




REFLETINDO AS RELAÇÕES HORIZONTAIS E O PAPEL DO GESTOR ESCOLAR




As relações horizontais contribuem para institucionalizar uma cultura organizacional democrática através da descentralização do poder, pois deixa de haver uma concentração de poder na mão do dirigente, condição de democratização da gestão, a qual é de responsabilidade coletiva e não centrada na figura do diretor.
Silva e Bairros (s/d), afirmam que:

A qualidade da educação diz respeito em primeiro lugar a que as escolas sejam capazes de participar da elaboração de um planejamento participativo autônomo, apropriando-se de seus próprios assuntos. Nesse sentido têm de ser livres para organizar, pensar e planejar a escola de forma coletiva, com igualdade política e de participação real, como parte do processo de construção de uma escola com qualidade social. (SILVA; BAIRROS. s/d, s/p)

Assim, nos processos decisórios o poder de decisão deixa de ficar centrado nas mãos do diretor da escola e passa a ser tomada de forma colaborativa por todos os seguimentos da escola, pois há órgãos colegiados como o Conselho Escolar que contribui para descentralizar e distribuir o poder, sendo um órgão de representação de diferentes segmentos da escola (estudantil, pais, comunidade, professores, funcionários) ou seja, a escola empodera seus membros participantes. Temos também o resgate dos Grêmios estudantis e os Conselhos de Classe, sendo que este último é uma instância colegiada com concepção mais avaliativa do que classificatória e o CPM, que proporciona a participação da família na escola e da escola na comunidade, atuando como elemento de auxílio e complementação da administração escolar, prestando serviços à escola em benefício dos alunos e do processo educacional, promovendo o aperfeiçoamento da formação sociocultural de seus integrantes e estimulando a transformação da escola em centro de integração e desenvolvimento comunitário.
Na gestão democrática escolar as instâncias colegiadas (Conselho Escolar, Grêmio Estudantil, CPM, Conselho de Classe) formam uma corrente de conhecimento das decisões que são tomadas no âmbito escolar. E, então, as relações educativas no contexto social se dão através dessas instâncias colegiadas, pelos seus representantes. Isso gera uma maior participação da comunidade escolar, havendo melhora no desempenho de alunos e professores, bem como da qualidade educacional escolar.
O papel do gestor escolar, em minha opinião, é orientar, acompanhar e potencializar o trabalho de sua equipe, facilitando a implantação de procedimentos participativos; trabalhar e facilitar a resolução de problemas em grupo, exercendo um trabalho de equipe com todos os seguimentos da escola e ajudando a identificar suas necessidades, para que possam adquirir as habilidades necessárias para uma formação de qualidade; ser capaz de ouvir o que os outros têm a dizer, delegando autoridade e dividindo o poder.

Sendo assim, cito como exemplos do papel do gestor escolar, no sentido de fomentar e de preservar a gestão democrática na escola: Coordenar a elaboração e implementação do Regimento Escolar e do PPP; Gerenciar o funcionamento da escola em parceria com o Conselho Escolar, zelando pelo cumprimento do Regimento Escolar; Promover o envolvimento dos pais na gestão da escola, incentivando e apoiando a criação das associações de pais e as iniciativas do Conselho Escolar; Estimular a participação dos pais na educação dos filhos, envolvendo-os nos Conselhos de Classe, a fim de acompanhar o desempenho dos alunos e fortalecer o relacionamento entre pais e professores; Proporcionar ao professor momentos de auto avaliação, debates e reflexão da prática pedagógica, etc.


           Avaliação

A partir da leitura do artigo O Sistema Estadual de Avaliação Participativa na educação estadual do Rio Grande do Sul: contribuições para o desenvolvimento de uma gestão escolar democrática" e do vídeo da profa. Jussara Hoffman sobre a avaliação na Educação Infantil, foi possível discorrer sobre as contribuições do Sistema Estadual de Avaliação Participativa (SEAP) para o desenvolvimento de uma gestão democrática nas escolas estaduais do Rio Grande do Sul, observando-se que este sistema de avaliação oportunizou uma educação mais igualitária e discussões sobre as contribuições dessa implementação para a gestão e a qualidade da educação das escolas.
Sendo assim, O SEAP contribui para a democratização e o aumento da qualidade da educação estadual no Rio Grande do Sul, representando uma possibilidade real de avanços educacionais e que deixa, como herança, a convicção de que é possível realizar uma educação pública de maior qualidade e mais democrática neste Estado.
Também, sobre avaliação, foi possível perceber que avaliar é acompanhar a construção do conhecimento do aluno, num sentido de desenvolvimento moral e intelectual e que avaliar também é refletir sobre o que fizemos e o que iremos fazer.
Segundo a mestre em avaliação educacional Jussara Hoffmann:

No que se refere às crianças, a avaliação deve permitir que elas acompanhem suas conquistas, suas dificuldades e suas possibilidades ao longo do processo de aprendizagem. (HOFFMANN, 2011)

Assim, para que a avaliação sirva à aprendizagem é essencial conhecer os alunos e suas necessidades, para que o professor possa buscar caminhos para essas necessidades em que todos alcancem os objetivos.
Dessa forma, diariamente faço o registro da rotina, onde relato os conteúdos a serem abordados, atividades e objetivos da aula, pois acredito na importância de manter os alunos informados sobre o que será desenvolvido e o que espero deles. Assim eles têm a oportunidade de reconhecer suas dificuldades e progressos. Também, em minha prática, faço correções de cadernos de alguns alunos por dia, ou corrijo as atividades de forma coletiva, no quadro. Mas, ao terminar a correção, sempre questiono: Quem acertou?; Quem errou? – E faço com que cada um que não encontrou a resposta me explique o caminho que utilizou para a resolução, conseguindo perceber a forma de pensar de cada um e tendo a possibilidade de orientá-los a novas estratégias. Além disso, costumo realizar pequenas auto avaliações e ouvir as crianças para aumentar a possibilidade de uma avaliação mais completa, sendo que, se necessário (em casos diferenciados) encaminho para o apoio pedagógico (quando possível). No decorrer do trimestre, vou fazendo anotações individuais sobre o desenvolvimento das aprendizagens individuais dos alunos, e, assim, ao final de cada trimestre tenho material para preparar o Parecer Descritivo de cada um deles.  
                                LDBEN X PAC 241
 
Na primeira atividade da Interdisciplina Organização do Ensino Fundamental fomos convidados a assistir vídeos da Aula inaugural da Faced onde Jamil Cury, palestrante da noite abordou dos impasses históricos e da Lei de Diretrizes e Bases e principalmente o quadro que estamos vivenciando com as atuais incertezas políticas e a aprovação da PEC 241, que congela as despesas do Governo Federal, por até 20 anos.

Ele também alertou sobre a recente mudança no Ensino Médio, através de Medida Provisória. Esta medida separa vertiginosamente o ensino médio do ensino superior, formando assim na escola pública uma força de trabalho criando um abismo gigantesco para alcançarem o ensino superior. Também e abordou a proposta de cinco áreas de ênfase sem estruturação das escolas.

Com a aprovação da PEC fica impossível honrar os investimentos do Plano Nacional de Educação, aprovados em 2014, cuja sua meta principal seria a universalização da educação e dar seguimento no plano de carreira para professores da rede pública. Suprimir os investimentos na educação é impor uma qualificação precária para a população que está operando daqui vinte anos.





GESTÃO DEMOCRÁTICA

Para uma gestão democrática efetiva no âmbito escolar é necessário que a escola tenha: Conselho escolar, a Associação de pais e mestres, Grêmio estudantil, pois eles garantem a participação, descentralização do poder e a busca por uma educação de qualidade. O termo “gestão democrática da escola pública” foi legalizada pela Constituição Federal de 1988 (inciso VI do artigo 206) e referendada posteriormente pela LDB 9.394/96 (inciso VIII do artigo 3).
Uma gestão tida como democrática valoriza o envolvimento da comunidade na tomada de decisões, impulsionando um trabalho coletivo.
A efetiva participação dos vários segmentos (alunos, pais, professores e servidores) representados na escola pelas as instâncias colegiadas (Conselho Escolar, Grêmio Estudantil, CPM, Conselho de Classe) culmina numa gestão democrática, participando ativamente de todas as ações, tomada de decisões e desenvolvendo a consciência social e conquistando uma escola pública de qualidade. Percebo que quando há envolvimento este trabalho é valorizado e respeitado por toda comunidade escolar.
Segundo Veiga (1998, p.113):
                                      Podemos considerar que a escola é uma instituição na medida em que a concebemos como a organização das relações sociais entre os indivíduos dos diferentes segmentos, ou então como o conjunto de normas e orientações que regem essa organização. (...) Por isso torna-se relevante as discussões sobre a estrutura organizacional da escola, geralmente composta por conselho Escolar e pelos conselhos de Classe que condicionam tanto sua configuração interna, como o estilo de interações que estabelece com a comunidade.


Estimular a gestão democrática da escola requer tempo, paciência, diálogo e respeito para a concretização de cada passo do processo de discussão e decisão. Inicialmente poderá significar mais trabalho, porém à medida que mais pessoas participarem deste processo de cooperação, a tendência e diminuir o volume de trabalho.

Releitura da postagem ; Ser ético Data: 9 -11-2017    Essa postagem refere-se a ética  profissional. A ética deve ser uma prática de tod...